Nunca deixe o computador perceber que você está com pressa. Ela irá travar, dar pau, desligar sozinho... tudo, menos funcionar. Se você xingá-lo então, piorou! Dar tapas no monitor, nem pensar! O mesmo vale pro celular. O meu, pelo menos, parece que “percebe” quando preciso fazer ligações urgentes, e a bateria acaba no mesmo instante. Ou então, quando estou em algum lugar silencioso e ele toca, fico fula da vida, e aí é que ele se esconde no canto mais obscuro da bolsa, sendo impossível encontrá-lo rapidamente para interromper o barulho. Parece pirraça. Como se os objetos “entendessem” o que a gente pensa sobre eles. E quer saber? Acho que eles entendem sim.
A essas alturas você, que está lendo, deve estar certo de que me faltam alguns parafusos. Talvez... mas sabe, às vezes fico pensando nessas coisas e creio que deve haver uma lógica nisso tudo. Como diz minha amiga Aline, “tudo no mundo é energia”. E eu acredito muito nisso. Que o nosso humor emite vibrações e influencia o ambiente ao redor, assim como às vezes somos influenciados pelo humor dos outros. E penso que essa vibração que emanamos também afete os objetos ao redor, das formas mais variadas. Claro que algumas pessoas exageram, e desconfio daquelas histórias de gente que entorta talheres e arremessa objetos com o poder da mente, o que chamam de psicocinética. Até hoje só vi isso em filmes como “Matilda”. Mas acredito que os objetos absorvam nossas boas ou más vibrações sim. Tipo aquela história de que quando você fica secando a comida de alguém, ela cai no chão. Bem idiota, mas é mais ou menos por aí.
É curioso, nas diversas vezes que eu reclamei por ter gasto dinheiro com determinadas coisas, acabei perdendo essas coisas depois, ou pior, acabei perdendo dinheiro no mesmo dia. Como se isso acontecesse pra eu aprender a dar valor, sabe?
O caso mais recente que aconteceu comigo foi com o meu guarda-chuva amarelo. Comprei -o naquelas barraquinhas de rua e paguei super barato. Mas o barato sai caro: ele sempre abria ao avesso! O que, em dias de chuva, me fazia pagar micos homéricos! Certa vez eu saía do ônibus e, antes de descer, fui abrir o guarda-chuva pra enfrentar a tempestade lá fora. O que aconteceu? Ele abriu ao contrário! E havia muita gente atrás de mim, esperando pra descer do ônibus também. E todos esperaram eu virar o guarda-chuva do lado certo, o que demorou mais do que eu esperava. Saí dali roxa de vergonha, xingando mentalmente o guarda-chuva de tudo quanto é nome. E toda vez que isso acontecia, eu amaldiçoava o dito-cujo: “guarda chuva maldito! Não presta pra nada essa joça! Nem pra abrir direito!”
Pois bem. Dias depois eu fui ao shopping, e levava comigo meu querido desentupidor de pia (ou guarda-chuva, se preferir. É que como ele abria ao avesso, lembrava um desentupidor de pia). Quando estava voltando pra casa, chovia absurdos. Fui pagar o guarda-chuva e cadê ele? Não estava comigo! Eu havia perdido! Depois lembrei que o deixei em cima da pia do banheiro do shopping, quando fui lavar as mãos. E esqueci lá.
Senti uma falta imensa daquelas varetas que abriam ao avesso! E fiquei lamentando minha falta de atenção. Enquanto isso, o guarda-chuva devia estar dando graças aos céus por ter se livrado de mim e de meus xingamentos. Literalmente fugiu das minhas más vibrações. Ou atendeu minhas preces, já que depois pude comprar um novo.
Essa não é a única história de “objetos sensíveis” que ocorreu comigo. Já vivenciei outras situações estranhas no mesmo estilo. Como quando estou passando na rua e a luz do poste apaga, ou quando estou atrasada e as chaves sempre somem, ou, o dia mais trágico, quando no terceiro colegial esqueci o livro de matemática na escola em véspera de prova, dias depois de eu ter dito à minha mãe que odeio matemática com todas as forças.
Eu passaria dias contando essas histórias. Mas creio que a maioria das pessoas tem casos parecidos pra contar. Ou não. O assunto é polêmico e há quem acredite e quem ache uma tremenda bobagem. Quanto a mim, agora penso duas vezes antes de disparar cobras e lagartos pra cima dos meus objetos “desobedientes”. Vai que eles entendem! Hahaha!
E ah, se virem um guarda-chuva amarelo por aí me avisem, please!
(imagem retirada do Google)
segunda-feira, 5 de abril de 2010
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7 perdidos por aqui:
Karina,
Dei muita risada, viu? E você não é a única não!!!Em casa às vezes também dou uns sopetões no meu computador e guarda-chuva então? Simplestmente não compro mais, perdi todos que comprei até hoje!Já comprei dos mais baratos e também alguns melhores mas não tenho mais nenhum, tomo chuva mas não compro mais, rsss
Um abraço!
Tem momentos que tenho a impressão que é a revolução das maquinas acontecendo...rs.
Deliicia de texto.
Sinto sua falta, mas entendo a falta de tempo.
Boa semana
beijos
Querida Espaço Comentário,
Deixarei aqui um pedaço de minha emoção...
Há tempos não via referência sobre o que emitimos, emanamos... Meu caso, sempre vi como um caso de 'cargas'.
Acumulo tanta carga negativa ou positiva que tudo ao redor acaba funcionando de acordo. O caso do poste apagar quando passo, tem anos e até hoje não há explicação encontrada no google... [Já apaguei toda uma rua].
Felizmente por pior que sejam meus amigos eletrônicos, os trato bem, e jamais me deixam na mão, talvez em casos de doença terminal devida a má alimentação energética...
Odeio guarda-chuvas; portanto não o lev, e quando o levo, esqueço! Fato!
Cuidado com a dependência desses mesmos objetos, afinal, vai saber o que os seus objetos pensam de você...
Oi Karina,
Inevitável não rir de seu texto... Adorei!!
Os objetos costumam ser a cara do dono e, claro, se estabanado, apressado, distraído, desligado etc..., eles vão mesmo "pagar o pato" por tais atitudes. Talvez, sejam até os primeiros a sofrerem tais consequencias..., do que quem estiver por perto...Kkkkk...
Quanto a apagar luzes de poste e outras coisas mais, sim já ocorreu comigo. Chega a ser interessante ou até assustador. Depende da emoção que se está vivenciando. Quando estamos muito preocupados ou emotivos, podemos nos apegar a qualquer coincidência ou ver "pelo em ovo"... É o que ocorre, quando estamos perdidos, estressados, preocupados em demasia ou vazios e nos apegamos ao primeiro fato "em destaque", que houver... É uma besteira não intencional que acaba nos alertando para cuidar mais de nós mesmos.
Beijos e ainda bem que se livrou desse guarda-chuvas amarelo...rsrss
Sim, como vc, acredito eu que os objetos trazem em si a energia de quem os possui,e muitas vezes parecem animados e cheios de vida,impetuosos e cheios de vontade! rs Adoro seus textos!
Karina, que engraçado, eu sei muito bem como é isso. E tem aquela história, ruim com ele, pior sem ele, né? Quando aquilo do que a gente reclama tanto some ou pifa é que vamos ver a falta que ele faz rs
Ha ha ha...o guarda-chuva amarelo encontrou um novo dono pra xingá-lo...rs
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