quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Tic tac, tic tac...

Ok, eu assumo: abandonei este blog durante um tempo. E ele ficou aqui, largado às moscas, criando teias de aranha e mofos. Mas tenho um motivo MUITO importante para isso: estava sem tempo.

Sim, ultimamente tenho me considerado uma “sem-tempo”, e olha que nem tou trabalhando! Lembro que, quando eu trabalhava, sentia que os dias iam e vinham, numa sucessão louca de acorda-trabalha-estuda-dorme-acorda, como um robô programado pra fazer suas atividades diárias, sem ao menos ver o tempo passar, sem poder me preocupar com outras coisas que não fossem obrigações, sentindo a vida passar MUITO depressa. Hoje em dia são os trabalhos da faculdade que ocupam todo o meu tempo. Cada época com as suas respectivas obrigações... disso não dá pra fugir.

Na verdade, se parar pra pensar, muitas vezes o problema nem é o tempo. Sou eu que não sei aproveitá-lo direito. Às vezes levo muito tempo fazendo determinadas coisas, enquanto poderia estar fazendo outras, ou pior, me distraio fazendo coisas inúteis quando há uma porrada de coisas mais importantes a fazer.

Às vezes gostaria que o dia tivesse umas 36 horas. Pra fazer tudo o que preciso, sem correria, sem stress, sem ficar neurótica com o tempo, nem precisar olhar o relógio de minuto em minuto. Talvez não houvesse atrasos, dores de cabeça e cansaço no final do dia. Mas, sinceramente, se o dia tivesse 36 horas, a vida seria um marasmo. Você não se sentiria compelido a cumprir objetivos, não teria a mínima responsabilidade com as obrigações, deixaria tudo pra depois, afinal, teria tempo de sobra! Sem falar que, com certeza, ao saber que tem 12 horas a mais, eu não as usaria para cumprir obrigações, e sim pra me divertir (aah, eu me conheço bem! Hahaha!). Ou seja, de nada adiantaria mais tempo para realizar obrigações. Além do mais, essa sensação de ter que cumprir objetivos num certo prazo de tempo é algo muito estimulante e emocionante (não é à toa que escolhi o Jornalismo por profissão). Vai dizer que não é mó adrenalina correr contra o tempo e ainda conseguir atingir seus objetivos diários?
Sou uma pessoa que não consegue viver sem relógio no pulso. Parece q ele faz parte de mim, sem relógio me sinto pelada, é até engraçado. Vivo subordinada às horas, ao tempo (e quem não vive?). E gosto disso. Sempre penso na possibilidade de o dia ter 36 horas, mas logo concluo: não teria graça. E não teria mesmo.
 
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