segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sólido e gasoso

Pessoas não são estáticas. Vivem em constante transformação e movimento. Neste trajeto, esbarram em outras semelhantes que, como dizia o escritor Saint Exupéry, deixam um pouco de si, levam um pouco de nós. Bem como as nuvens. Com a diferença de que estas são levadas pelos ventos, enquanto pessoas são impulsionadas por objetivos. Para chegar onde? Se no final ambas se desfazem e deixam de existir?

Partilham do mesmo destino, mas não do mesmo espaço físico. As nuvens, lá do firmamento, conseguem chegar às pessoas pela chuva, um meio natural. Já as pessoas precisam de meios artificiais para atingir as outras lá em cima: avião, pára-quedas, asa-delta. Essa busca recíproca talvez ocorra pelo fato de serem tão parecidas e estarem tão distantes. Uma espécie de amor platônico.

Até nos sentimentos há semelhanças: a raiva humana vem com estrondo e lágrimas,  como as nuvens carregadas de tempestade. Depois que bradam em trovões e fazem cair água, seguem leves como algodão. Algumas, tão transparentes, que permitem a visão de seu interior. O da nuvem, vazio, porque é feito de gás. Mas não difere muito do vazio encontrado em muitas pessoas de carne e osso.

Ser aéreo também não é uma vantagem só das nuvens. Muitas pessoas o são estando em terra firme, mas com a mente em outro lugar. E umas se fundem tão intesamente com outras pessoas que perdem suas características originais, assim como nuvens deformadas após o contato com outras.

Tantas semelhanças em corpos diferentes. A humanidade gasosa paira lá em cima, enquanto nuvens humanas transitam aqui em baixo. Mas aquelas continuam em vantagem: sabem ficar pesadas quando devem, enquanto as outras ainda não aprenderam a se sentir leves quando precisam.

(Imagem retirada do Google)

domingo, 18 de julho de 2010

Selo


Mais uma vez agradeço à Ivana, do blog Fotos, Poesias e Emoções por me indicar um selo! Mais um pra coleção! Logo serei uma blogueira filatélica! =)

O blog da Ivana é sempre presenteado com selos, devido à qualidade dele. Sempre com temas interessantes que acrescentam conhecimento e fazem refletir. Passem lá, no Fotos, Poesias e Emoções. Vão gostar!

Bom, as regras do selo são:

1- Colocar a imagem do selo no seu blog
2- Indicar o link do blog que nos indicou http://ivana-ivanaaltafin.blogspot.com/
3- Indicar 10 blogs ou mais, para receber o selo
4- Comentar nos blogs dos indicados sobre este selo

Bom, como minha lista de indicações para selos já foi quase toda utilizada nos últimos selos, indicarei 5 blogs

1- Entre um Café e um Bate Papo
2- Pitadas de Humor e Crítica
3- Janelas para meu mundo
4- Diário de um Mininu Nu
5- Chá das Cinco

terça-feira, 6 de julho de 2010

Nos menores frascos

Eu tenho pequenos vícios de consumo. Daqueles que cabem no bolso tanto pelo tamanho, como também pelo preço. E, por isso mesmo, quando percebo, tenho uma coleção deles. Geralmente são objetos ou coisas comestíveis que você A-DO-RA, vê na rua em seu trajeto diário e pensa: - Nossa, tá barato, acho que vou levar! - e tempos depois se dá conta que se tornou um vício, do qual não consegue se livrar! Balas, bombons, canetas... cada um tem o seu.

Eu me lembro da época em que fazia cursinho e não podia ver um chaveiro bonitinho que comprava. E pendurava na bolsa, na chave, no estojo. Até me tornar uma árvore de Natal ambulante, cheia de penduricalhos. Depois, foi  a vez das tiaras e faixas de cabelo. Uma mais linda que a outra! Passeava nas feirinhas de domingo da cidade e não voltava pra casa sem levar uma. E cada dia eu ia à faculdade com uma diferente. Usei tanto que me enjoei. Hoje tá tudo jogado, dentro do armário.

Fora os acessórios, há também os pequenos vícios alimentícios. Quem me conhece já tá careca de saber que sou viciada em doces. Um perigo, eu diria. Teve uma época (há pouco tempo) que, depois do almoço, eu sempre comprava uma caixinha de chiclete Adams antes de voltar ao serviço. Ok. Semanas depois, lá estava eu levando quatro, cinco caixinhas de chiclete por dia! E só me dei conta disso quando certa vez em que fui abrir a bolsa e caíram dela diveeersas caixinhas de chiclete. Ou pior: uma vez que olhei pra minha mesa de trabalho e lá estava uma escultura que eu havia feito juntando todas as caixinhas de chiclete. Surreal.

Parei com isso. E agora engatei um vício em esmaltes que vou te falar! Indo pra faculdade, pra casa, pro trabalho, não importa, eu me sinto impelida a entrar em farmácias e lojas de cosméticos e sair de lá com os esmaltes que ainda não tenho. Cheguei ao ponto de olhar pra mão da pessoa e saber o tom de esmalte que ela tá usando (aaah, hoje você tá usando o "Verde Asa de Grilo" néé!). Sempre têm esses nomes bizarros, os esmaltes. Por que será? Fico me perguntando quem cria essas denominações de cor.

Mas, assim como o excesso de tempero enjoa, chega uma hora em que você se farta dos pequenos vícios. São passageiros, também pequenos em sua duração. Acompanham determinadas fases da vida, depois são esquecidos e deixados pra trás com elas.

Já diziam que os melhores perfumes estão nos menores frascos. Talvez por isso os pequenos vícios sejam tão atraentes. Afinal, quem resiste a eles?

Um charme de selo


Ganhei mais um selo da Ivana, do blog Fotos, Poesias e Emoções. Super charmoso ele, não? Siim! E é por isso que ele vai pra 5 blogs cheios de charme, que são:

Entremeios, da Ângela

Into my Wild, da Grazi

Devaneando, da Mari

A Contadora, da Francine

Palavreando Su, da Suzana

Perdoem-me a ausência do "mundo bloguístico". Ando cheia de ideias na cabeça e pouco tempo para colocá-las em prática.
 
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