segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Escadaria ambulante

Não sei quanto a vocês, mas eu simplesmente não vou com a cara desses novos ônibus que estão circulando por aí. Tudo bem, eu sei que são realmente muito bons para as pessoas com deficiência física, e até acho que demoraram demais para fazerem isso nos transportes públicos, MAS, por outro lado... penam em alguns aspectos.
Por exemplo, já reparou na quantidade de degraus que ele tem?? É quase uma escadaria ambulante!! Você sobe no busão, para logo depois descer até a catraca, e subir novamente pra poder sentar. O que é isso, uma montanha russa? Com pequenos detalhes inclusos em cada operação: logo que você entra, o motorista começa a andar com o veículo sem dó nem piedade, fazendo com que você desça os degraus caindo bruscamente sobra a catraca, derrubando seu bilhete único debaixo da cadeira do cobrador, levando horas pra conseguir pegá-lo de volta (tá, eu sei que essas coisas só acontecem com pessoas muito tapadas, tipo eu). Daí, quando você passa pela catraca, encontra-se em meio a um puta espação, sem bancos pra sentar, os quais estão localizados no andar de cima. Daí você vai, sobe mais degraus, e aí senta, disputando a tapa um lugar pra sentar, devido à quantidade precária de assentos existentes por ali. Sem falar que, na hora de descer no ponto, logo que o motorista freia você já desce os degraus caindo, agilizando o processo.

Sei lá meu, já que vai fazer um ônibus com o piso mais baixo, já faz tudo num piso só! Pra que tanto degrau? Aliás, pra que degrau?? O pior é a plaquinha avisando: CUIDADO, DEGRAU. Tipo, não me diga! Se não fosse o aviso eu nem perceberia... ¬¬

Daqui a pouco vão fazer um elevador dentro do busão! Tá, sem brisas. Já passa da meia-noite e não se pode confiar muito no meu cérebro messas horas... mas, definitivamente, não gosto desses ônibus. Já que é piso baixo, que seja 100% piso baixo! Pombas!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Tic tac, tic tac...

Ok, eu assumo: abandonei este blog durante um tempo. E ele ficou aqui, largado às moscas, criando teias de aranha e mofos. Mas tenho um motivo MUITO importante para isso: estava sem tempo.

Sim, ultimamente tenho me considerado uma “sem-tempo”, e olha que nem tou trabalhando! Lembro que, quando eu trabalhava, sentia que os dias iam e vinham, numa sucessão louca de acorda-trabalha-estuda-dorme-acorda, como um robô programado pra fazer suas atividades diárias, sem ao menos ver o tempo passar, sem poder me preocupar com outras coisas que não fossem obrigações, sentindo a vida passar MUITO depressa. Hoje em dia são os trabalhos da faculdade que ocupam todo o meu tempo. Cada época com as suas respectivas obrigações... disso não dá pra fugir.

Na verdade, se parar pra pensar, muitas vezes o problema nem é o tempo. Sou eu que não sei aproveitá-lo direito. Às vezes levo muito tempo fazendo determinadas coisas, enquanto poderia estar fazendo outras, ou pior, me distraio fazendo coisas inúteis quando há uma porrada de coisas mais importantes a fazer.

Às vezes gostaria que o dia tivesse umas 36 horas. Pra fazer tudo o que preciso, sem correria, sem stress, sem ficar neurótica com o tempo, nem precisar olhar o relógio de minuto em minuto. Talvez não houvesse atrasos, dores de cabeça e cansaço no final do dia. Mas, sinceramente, se o dia tivesse 36 horas, a vida seria um marasmo. Você não se sentiria compelido a cumprir objetivos, não teria a mínima responsabilidade com as obrigações, deixaria tudo pra depois, afinal, teria tempo de sobra! Sem falar que, com certeza, ao saber que tem 12 horas a mais, eu não as usaria para cumprir obrigações, e sim pra me divertir (aah, eu me conheço bem! Hahaha!). Ou seja, de nada adiantaria mais tempo para realizar obrigações. Além do mais, essa sensação de ter que cumprir objetivos num certo prazo de tempo é algo muito estimulante e emocionante (não é à toa que escolhi o Jornalismo por profissão). Vai dizer que não é mó adrenalina correr contra o tempo e ainda conseguir atingir seus objetivos diários?
Sou uma pessoa que não consegue viver sem relógio no pulso. Parece q ele faz parte de mim, sem relógio me sinto pelada, é até engraçado. Vivo subordinada às horas, ao tempo (e quem não vive?). E gosto disso. Sempre penso na possibilidade de o dia ter 36 horas, mas logo concluo: não teria graça. E não teria mesmo.

sábado, 9 de agosto de 2008

As paredes têm ouvidos...

Fato verídico:

Em meu último ano do colegial, estava eu no ônibus com uma amiga, e discutíamos o fato de alguns professores fazerem provas absurdamente difíceis no final do ano. Então, começamos a criticar a Mara, uma professora de matemática, que na época ensinava álgebra, e fazia umas provas absurdas! (bom, na verdade sou suspeita pra falar, já que toda e qualquer prova d matemática pra mim é difícil...). Enfim. Lá estávamos nós no busão, e eu dizia: - Meu, a Mara é louca! A prova dela foi a mais ferrada que eu fiz até hoje! Eu só fiz um exercício! Aah, parece que ela faz isso de propósito, só pra ferrar mesmo! Parece que gosta de ferrar a gente! Em vez de fazer uma prova fácil! Mas não! Por isso que dá raiva! O pior é que eu não sei nada da matéria dela, tou viajando nas aulas! - Minha amiga, concordava com tudo que eu dizia, e também metia o pau na professora, como eu.
Até que, acabadas todas as reclamações, levantei pra descer do busão. Antes, perguntei pra minha amiga: - Aliás, qual é a matéria da prova dela mesmo? - E ela, pensando: - Hmm...não sei! - Eu então falei: - Bah, deixa pra lá! depois eu vejo isso!
Foi quando...de repente, e não mais que de repente... surge uma voz, atrás da gente, dizendo: - Equações polinomiais até números racionais. - Caracas! Mas essa era EXATAMENTE a matéria da prova! Como alguém poderia saber?

Quando virei pra trás pra ver de onde vinha a voz...LÁ ESTAVA ELA! Sim, a Mara! A professora de que falávamos mal e metíamos o pau! Sentada dois bancos atrás de nós!! E, provavelmente, ouvindo toda a nossa conversa!
Meeu! Eu me assutei TANTO, que gritei: - NOSSA!!!- Minha amiga, ao ouvir o meu grito, olhou pra trás e deu de cara com a professora também.
Só sei que, depois dessa, eu saí de fininho do busão, super atordoada com o que tinha acontecido. Parecia filme de terror.

Claro, hoje em dia, dou boas risadas dessa história, mas na hora não foi nada engraçado! Até surgiram boatos entre meus amigos, de que depois disso a professora iria fazer uma prova especial pra mim, mil vezes mais difícil, mas nada disso aconteceu (UFA!).

Dia desses tava lendo também uma reportagem na Gazeta da Zona Norte sobre marketing pessoal, na qual um advogado dizia que estava num ônibus, e nele havia um outro cara que não parava de falar palavrões no celular. Horas mais tarde, o tal boca suja foi a uma entrevista de emprego, na qual o entrevistador era, ninguém mais, do que o advogado que tava no busão, vendo o cara falar os tais palavrões! Claro, esse fulano não conseguiu o emprego.

Pra falar a verdade acho uma comédia histórias desse tipo... depois que passa, a gente ri. Mas coincidências assim assustam, e muito!
Aprendi que as paredes têm ouvidos, e nos momentos em que você menos espera! Por isso, todo cuidado é pouco!
E cá entre nós, um tanto de azar também contribui! Hahaha!

Sei lá por que escrevi sobre isso. Acho que porque considero esses acontecimentos da vida mt intrigantes e irônicos! Vai falar que não são?

domingo, 13 de julho de 2008

Arremesse seu celular e seja feliz!

SIIIM!!
Você que não suporta mais o seu querido celular, que vive sem sinal, sempre tá sem crédito, sem bateria, com aqueles joguinhos toscos, já caiu no chão umas quinhentas vezes, sempre falhando, desligando sozinho ou coisas do tipo, e pesa mais do que um tijolo de construção, seus problemas acabaram!!
Foi realizado no Brasil, dia 14/06/08 o Primeiro Campeonato Brasileiro de Arremesso de Celular! Pode parecer piada, mas é a mais pura verdade: o campeonato teve origem na Finlândia, em 2001, e tem como objetivo reutilizar e reciclar celulares fora de mercado ou fora de uso, antes que virem lixo tóxico. Segundo autoridades finlandesas, os lagos do país sofrem com a poluição proveniente dos metais pesados de celulares atirados nas lagoas mais próximas por usuários cansados deles. Para reverter essa situação, basta se increver nos campeonatos (que são anuais), e arremessar o seu trambolho o mais longe possível! Quanto maior a distância que o celular alcançar, mais chances de ser o vencedor! Não é uma maravilha? Ao mesmo tempo você finalmente se livra do seu arcaico celular e acaba com todo os stress proporcionado por ele, está praticando uma modalidade esportiva nunca vista antes!




Os "atletas" competem em duas modalidades: estilo livre e clássico, nas versões masculina e feminina. No estilo clássico, o competidor deve lançar o telefone na altura de seu ombro. O atual campeão é o finlandês Lassi Estelätao, que atirou um modelo Nokia de 350 gramas a 89 metros de distância. O peso mínimo dos celulares a serem lançados varia de 200 a 400 gramas. Já no estilo livre, o que vale é a performance e o figurino do atirador de celular.

O "esporte" só chegou ao Brasil este ano, e foi realizado em São Paulo, próximo à rua Oscar Freire. Eu realmente gostaria de estar lá pra ver isso, mas no dia tinha prova no inglês e não pude comparecer...uma pena!
Mas rachei o bico lendo as regras, veja só:

1- É obrigatório trazer seu celular de qualquer modelo ou estado de conservação para o arremesso.

2- Ao participar, você estará automaticamente doando seu celular ou o que sobrar dele para a organização do evento.

3- Será somente permitido arremessar o celular na direção indicada pela organização.

4- Haverá um juiz que após cada arremesso indicará a distância alcançada pelo celular.

5- O participante que arremessar o celular na maior distância será o vencedor.

6- A forma de arremessar o celular é livre.

7- É obrigatório arremessar o celular sem a bateria.

8- A bateria será guardada e reciclada.

9- Somente maiores de 18 anos podem participar.

10- A seqüência de arremessos respeitará a ordem de chagada de cada participante e será organizada por senha.

Hahahahaha! Outra coisa que achei interessantíssima, foi o horário bizarro estipulado para o início do campenato: às 15:32. Trinta e dois?? Por que não às 15:30? Dois minutos fazem tanta diferença assim?

Bom, esse campeonato é realmente uma inovação (e cá entre nós, uma piada), e já tou vendo o dia em que haverá campeonatos de arremessos de computador, televisores e afins.

Para os interessados:

http://www.arremessodecelular.com.br/

http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI1109759-EI4796,00.html

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Frio é psicológico??

Mal começou o outono, e eu já tou morrendo de frio! Também né, não é pra menos, isso é o que dá ter pouca (ou nenhuma) reserva de gordura no corpo! Se eu morasse num país frio, tipo Rússia, tava ferrada! Mas enfim, o outono está aí. E, não por acaso, dia desses eu tava lembrando de quando, no terceiro colegial, uma amiga minha vivia dizendo: - Tá com frio?? Mas frio é psicológico!! - Heeey, pera lá! Como assim, psicológico???
Afinal, a gente não sente frio com a mente, e sim com o corpo!! Que raios de teoria bizarra é essa?
Juro que já tentei entendê-la, há diversos dias frios em que eu pensei: frio é psicológico!! - pra ver se passava, e sabe o que eu consegui com isso? Nada, apenas tremer mais ainda de frio!
É a mesma coisa que dizer que a fome é psicológica quando o estômago ronca, ou então que a dor é psicológica quando se machuca. Não tem nexo nisso tudo! Não é algo que se possa controlar apenas com a mente!
Só queria saber quem é o desocupado que fica inventando essas teorias por aí...tudo bem, se algum dia isso for provado cientificamente eu acredito, mas, enquanto isso não ocorre, vou passando frio aqui. E frio fisiológico mesmo.
E cá entre nós, se o frio é psicológico, então por que aquela minha amiga estava sempre com moletom e blusa de lã? Tsc, tsc. ¬¬
Não, a mente não é um cobertor para encobrir o frio, muito menos é ela quem o controla.
Frio, psicológico?? Hahahaha, só se for na Bahia! Cada uma...

terça-feira, 6 de maio de 2008

Pela volta do entusiasmo

"Entusiasmo" - palava tão bonitinha... (tá, pelo menos eu acho), mas já reparou que, em sua essência, geralmente tem pouca duração?? Claro, há as excessões, há os entusiastas que vivem otimistas e, como diz a própria definição, entusiasmados. Mas acredito que, para a maioria das pessoas, cultivar o entusiasmo o tempo todo não seja uma tarefa das mais fáceis. Não quero dizer com isso que a pessoa tenha que viver saltitando por aí e gritando de felicidade, com um puta sorrisão de orelha a orelha o dia inteiro, inclusive porque isso seria impossível, devido aos problemas e imprevistos que surgem em nosso caminho no dia a dia. Mas... queria entender por que quando nos empolgamos isso dura tão pouco tempo!! Tipo, você luta anos pra conseguir uma coisa. Quando finalmente consegue, o entusiasmo vem junto. Mas, passado algum tempo, você não dá à coisa conseguida o mesmo valor que dava antes de tê-la, talvez pelo costume ou hábito, ou mesmo pelo passar do tempo, aquilo acaba se tornando uma coisa comum, pela qual você não tem mais o mesmo apreço de antes. Talvez por já ter conseguido, perde a graça.
Por que não continuar mostrando entusiasmo pelo que já conseguimos, pelo que já temos?? Acho q o entusiasmo deveria durar mais tempo, deveria ser um hábito cotidiano, inclusive porque nos ajudaria a lidar com inúmeras dificuldades de forma mais fácil.
Entusiasmo tornou-se algo momentâneo e efêmero, ainda mais quando se vive em uma cidade caótica e louca como São Paulo.
Vou fazer um abaixo-assinado pela volta do entusiasmo, mas muitos com certeza acharão esse fato tão idiota quanto esse blog. Será que só eu sou boba alegra e me preocupo com essas futilidades??

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Mundo Superficial

Sim, infelizmente hoje em dia tudo está muito superficial, e muitas pessoas, cada dia mais fúteis. Hoje, se você não tem roupas da moda, ou o carro do ano, ou não está no padrão de beleza imposto pela mídia, não vale de nada. Onde estão os valores verdadeiros do ser humano? O "ter" vale mais do que o "ser" atualmente, enquanto deveria ser o contrário. Ser uma pessoa de valor, caráter e bons princípios, para depois ter bens materiais. Ter é consequência. É o resultado da sua personalidade e relação com as pessoas ao seu redor. Você tem o que cativa. É como uma "ação e reação", você atrai o que transmite.
Amizades verdadeiras estão em falta, e muitos ainda priorizam a quantidade à qualidade. Mundo de aparências, de pessoas vazias, que passam por cima das outras a fim de saírem-se bem. Relacionamentos baseados em máscaras, que caem ao longo do tempo. Colegas de trabalho mais preocupados em passar a perna em você, ou puxar o saco do patrão. Políticos que, na verdade são "politicamente incorretos", para os quais a sociedade não mais importa...
O avanço da tecnologia não vem acompanhado da evolução das espécies... parece que há uma regressão de espécies, isso sim.
O que fazer diante disso? Conformar-se? Jamais!! Cada um deve tomar consciência de que não veio ao mundo a passeio, e procurar fazer alguma coisa para melhoria do ambiente onde vive. Por menor que seja o ato, sempre é válido. Mas conformar-se, nunca! O comodismo é um mal parasitário, e temos que impedir sua propagação. O mundo não evolui por si só, somos as ferramentas principais para que ele ande nos eixos. E nada fazer é contribuir para que ele se torne a cada dia mais superficial e fútil.
 
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